Resumo
A motivação central deste ensaio está em explicar a forma como foi construída a representação do território caribenho guatemalteco desde 1871. Essa orientação passa por questionar a forma como o funcionário denominou esse espaço, o que implica indagar sobre o caráter discursivo, ideológico e político para chamá-lo de "Atlântico". Trata-se de revisar as tendências dos movimentos de ocupação urbana e a construção de vias de comunicação desde os tempos coloniais. Subjacente à tese de que a referida denominação obedece a uma certeza por parte dos intelectuais liberais de denominar o espaço caribenho da forma acima mencionada, considerando que as águas que o banham constituem um espaço comum com a Europa Ocidental, um paradigma civilizador. A reprodução desta apreciação se dá com a persistência de um discurso exclusivo que levou à assunção da região como uma "janela" para a Europa, ignorando o contexto imediato.
Palavras-chave Atlântico; departamento de Izabal; discursos; identidade nacional; município de Livingston