Resumo
A maior quantidade de pesca na Costa Rica é realizada pela frota artesanal com 81,41% do total no período 1990-2009. Muitas são as pressões que esta frota deve enfrentar para desenvolver sua atividade. Uma delas é o desconhecimento de qual é o papel da variabilidade climática nas mudanças na pesca e quais medidas podem ser adotadas para mitigá-la. No presente artigo aplica-se uma metodologia que relaciona as variações da produção da pesca artesanal com as mudanças na temperatura superficial do mar e valora os possíveis efeitos resultantes na receita dos grupos pescadores em um período de 10 anos. Obteve-se como resultado que nem todos os grupos comerciais da pesca artesanal são sensíveis às variações na temperatura superficial do mar. No presente estudo de caso, apurou-se que o tubarão foi o grupo comercial mais sensível e que as receitas do setor pescador são 53% mais altas em eventos frios que aqueles obtidos em eventos cálidos de El Niño-Oscilação do Sul ou ENOS.
Palavras-chaves: Variabilidade Climática; pescaria; receitas; luta contra a sequia; avaliação de projetos