Resumo
(Objetivo) Estimar o potencial de produção de biocombustíveis a partir da liquefação hidrotérmica (LHT) de resíduos de biomassa na Costa Rica e sua respectiva pegada de carbono.
(Metodologia) O potencial de geração de resíduos de biomassa que podem ser usados para a produção de biocombustíveis por meio do processo LHT foi estimado com base em relatórios de diferentes instituições, como o Ministério da Agricultura e Pecuária, a Câmara de Avicultura, Saneamento e Esgoto, entre outros. Posteriormente, usando modelos matemáticos que preveem o rendimento do bio-óleo, dependendo do tipo de biomassa usada, foi estimado o potencial para a possível produção de bio-óleo e seu respectivo aprimoramento para biodiesel e seus coprodutos (biogasolina e biobunker). Esses dados foram comparados com o consumo atual de combustível na Costa Rica. Por fim, a pegada de carbono do processo de produção desses biocombustíveis foi calculada usando a norma ISO 14067.
(Resultados) Constatou-se que a Costa Rica tem, de acordo com as premissas deste estudo, um potencial de produção de bio-óleo, biodiesel, biogasolina e biobunker de 1.383.299 toneladas/ano, 635.788 toneladas/ano, 295.336 toneladas/ano e 70.140 toneladas/ano, respectivamente. As pegadas de carbono associadas à produção de biodiesel, biogasolina e biobunker foram estimadas em 14,57 gCO2eq/MJ, 13,88 gCO2eq/MJ e 13,33 gCO2eq/MJ, respectivamente.
(Conclusões) Concluiu-se, de acordo com as premissas deste estudo, que na Costa Rica há um potencial de substituição de combustível fóssil de 71%, 43% e 76% para o biodiesel, a biogasolina e o biobunker, comparativamente. Também foi estimado que, por meio dessa tecnologia (LHT), a pegada de carbono poderia ser reduzida em 18%, 36% e 6% com o uso de biodiesel, biogasolina e biobunker, respectivamente, em vez de seus combustíveis fósseis correspondentes.
Palavras-chave: biocombustíveis; biomassa; pegada de carbono; liquefação hidrotérmica; resíduos