Resumo
Nesta pesquisa, são descritos os critérios que um grupo de futuros professores do ensino fundamental assumem, de maneira implícita, quando têm que avaliar a adequação da trajetória didática planejada com a perscrutação de dois vídeos em um canal educativo para o ensino de um conteúdo concreto, a porcentagem no sexto ano do ensino fundamental. Emprega-se a metodologia de análise de conteúdo para examinar os relatórios escritos, produzidos por 61 estudantes do terceiro ano do ensino fundamental, durante o ano letivo 2019-2020, na referência da matéria Desenho e Desenvolvimento do Curriculum de Matemática do Ensino Fundamental, na Universidade de Granada, Espanha. Para a avaliação de seus relatórios, toma-se como base a análise a priori consensuada da idoneidade didática dos vídeos educativos, realizada por ambas as pesquisadoras. Os resultados mostram que os educandos utilizam, implicitamente, critérios epistémicos e interativos de maneira considerável, mas também cognitivos, afetivos e ecológicos. Embora, em geral, as avaliações sejam bastante imprecisas, reconhecem a necessidade de que o docente analise a pertinência deste tipo de recursos antes de recomendá-lo aos alunos, os quais, com a chegada da COVID-19 e dado o formato de docência virtual, adquiriram um papel fundamental no ensino. Reflete-se a importância de outorgar aos formadores a oportunidade de refletir sobre a prática, incorporando ferramentas que permitem direcionar a atenção a aspectos relevantes do processo de ensino e aprendizagem.
Palavras-chave: formação de professores; competência reflexiva; critérios de idoneidade didática; vídeo educativo; porcentagens