Resumo:
Este artigo expõe os achados principais de uma pesquisa de abordagem qualitativa apresentada como um trabalho final de graduação e que define suas bases e reconhece seu escopo em uma construção teórica sobre as contribuições da interculturalidade nos processos educativos não formais, onde participam pessoas migrantes. Para o seu desenvolvimento se partiu da temática da interculturalidade como fenômeno liberador da ameaça de ser diferente capaz de transformar a Educação Não Formal (ENF) e seu gerenciamento em uma oportunidade de aprendizagem e liberdade. Mediante a triangulação de técnicas de pesquisa (entrevistas em profundidade, questionários, observações não participativas e pesquisa documental), dados e fontes, trabalhando desde o olhar das cinco organizações participantes: Alianza VenCR, Casas de la Alegría, SEPROJOVEN, Fundación Mujer y Cenderos, instâncias localizadas na Costa Rica. Entre os achados do estudo temos que a interculturalidade é a resposta epistêmica para aquilo que resulta dos diversos processos de ENF realizados nas organizações concluindo que a ENF pensada desde a interculturalidade, é uma educação de amplitude temática e metodológica geradora de conhecimento e aprendizados desde outros mundos, saberes e perspectivas.
Palavras-chave: interculturalidade; educação não formal; gestão da educação; epistemologia; processo de aprendizagem; diversidade cultural