Resumo:
A exposição a episódios de violência, seja no bairro, na família ou na escola, tende a fazer parte do dia a dia de crianças e adolescentes (CA). Nesse sentido, o objetivo deste artigo é analisar a concomitância e a frequência dos eventos de violência relatados por crianças e adolescentes como vítimas, fenômeno tipificado como polivitimização. No nível de amostra, faz-se uso da Primeira Pesquisa Nacional de Vitimização, aplicada a alunos chilenos da 79 série à 129 série, aplicando um desenho metodológico de análise estatística inferencial e regressão logística, estimando o nível de vulnerabilidade e violência à qual as crianças e adolescentes estão expostos e seus fatores de proteção e risco. Os resultados revelam que a vitimização e a polivitimização foram declaradas por grande parte dos participantes, o que tornaria ambos os problemas transversais ao sistema educacional. Destacam-se os crimes comuns, a vitimização indireta e perpetrada por pares, com destaque para receber ou testemunhar agressões, pancadas e ameaças. As conclusões evidenciam a necessidade de medidas integrais onde a escola seja um espaço fundamental para a promoção da convivência saudável e o repúdio à violência em qualquer forma.
Palavras-chave: Maus-tratos infantis; convivência pacífica; polivitimização; estudantes; gerenciamento educacional; educação