Resumo
Objetivo. Este artigo analisa a formação recebida pelos professores de educação infantil durante os seus estudos universitários, bem como a avaliação deles pelos espaços naturais, a fim de determinar a sua qualificação para ensinar educação ambiental (EA). Considera também o carácter obrigatório do ensino desta disciplina nos centros de educação de infância e a percepção geral da importância da educação ambiental como parte de uma consciência educativa sustentável. Esta análise foi realizada entre professores de educação infantil em exercício na Espanha e na Costa Rica, com o objetivo de estabelecer as diferenças e semelhanças na abordagem da EA em ambos os sistemas educativos.
Método. Foi realizada uma seleção aleatória e anônima de docentes da Espanha e da Costa Rica, totalizando 199 e 63 participantes, respectivamente. Os professores participaram respondendo a um questionário online validado e adaptado ao objetivo desta investigação. As respostas foram tratadas estatisticamente (SPSS e JAMOVI) tendo em conta possíveis diferenças, não só entre países, mas também em aspetos como o género, a idade, a experiência docente, etc.
Resultados. Apesar da existência de algumas diferenças significativas, de um modo geral é partilhada uma visão global sobre as diferentes questões abordadas, destacando-se a necessidade de melhorar a formação inicial dos professores.
Conclusão. As diferenças entre os países não são decisivas na prática, uma vez que ambos os países compartilham muitos dos mesmos problemas, deficiências e preocupações. É necessária uma melhoria na formação inicial e uma maior conscientização.
Palavras-chave: Educação ambiental; educação infantil; sustentabilidade; educação comparada; formação de profesores; ODS 4; Educação de qualidade; currículo educacional; programas de educação ambiental