Resumo
Introdução. Uma das principais tensões enfrentadas pelos sistemas educativos modernos é a sua capacidade de formar cidadãos críticos sem perder de vista as suas origens culturais específicas.
Objetivo. Analisar as formas como os indígenas são representados socialmente nos programas escolares da Colômbia, do Chile e do Equador.
Metodologia. Pesquisa qualitativa baseada na análise crítica dos currículos escolares da Colômbia, Chile e Equador. A análise categorial centrou-se na avaliação dos indígenas como sujeitos sociais e de suas características identitárias. O corpus de análise foi selecionado por explicitar os objetivos curriculares a desenvolver nos níveis de escolaridade obrigatória e explicitar as competências, atitudes e os níveis de desempenho ao longo do ciclo de educação obrigatória.
Resultados. Observam-se inconsistências na configuração programática, os objetivos declarados de pluralismo e interculturalidade não são abordados de forma concreta, mas sim como thelos a alcançar. Esta situação impede a valorização do sujeito indígena como protagonista das dinâmicas sócio-históricas.
Conclusão. A transformação dos currículos passa, necessariamente, pelo desenvolvimento de atos de reflexividade social e individual sobre os objetivos, indicadores e estratégias didáticas implementadas nas salas de aula interculturais, bem como sobre o grau de alinhamento com os princípios declarados.
Palavras-chave: Representação social; imaginários educacionais; discurso escolar; currículo oficial; interculturalidade; ODS 4; Educação de qualidade; inclusão educacional