Resumo
Introdução. A experiência da formação acadêmica de grupos minoritários surge em um cenário de tensões entre o sistema de educação predominantemente ocidental e monocultural em relação à educação familiar e ao conhecimento adquirido pelos alunos, bem como a reprodução de diferentes formas de racismo. Essas tensões foram bem documentadas na etapa escolar, enquanto na educação universitária de estudantes indígenas no Chile tem sido pouco explorada.
Objetivo. Este estudo explora as crenças e representações de um grupo de estudantes de origem mapuche sobre suas experiências acadêmicas e socioafetivas de uma universidade em Temuco, Chile, no contexto da Formação Inicial de Professores imerso em um sistema educacional que tradicionalmente tem sido monocultural.
Metodologia. O desenho metodológico foi baseado em pesquisa educativa e paradigma interpretativo, foram entrevistados 12 alunos que se autoidentificaram como indígenas Mapuche, as entrevistas foram analisadas por meio da técnica de codificação aberta.
Resultados. Os principais resultados revelam que as experiências universitárias são diversas, mantendo conteúdos fundamentais relacionados à discriminação, o que influencia a inserção e progressão na formação profissional.
Conclusão. O estudo permitiu identificar as experiências universitárias mais satisfatórias, aquelas que estão relacionadas ao posicionamento do aluno em relação à sua identificação cultural, à criação e à manutenção de redes de apoio.
Palavras-chave: Ensino superior; estudantes universitários mapuche; experiências universitarias; formação inicial de profesores; racismo; discriminação