Resumo
A altura do salto ainda é amplamente usada para prever a potência em humanos. O progresso individual é frequentemente monitorado usando a estimativa de potência, mas as equações de previsão são baseadas em dados de grupo. O objetivo do estudo é demonstrar que a altura do salto vertical (ASv) e a potência mecânica têm uma correlação débil, principalmente em um mesmo indivíduo. São apresentados dois experimentos: primeiro, 52 estudantes universitários fisicamente ativos realizaram cinco saltos verticais máximos cada um; segundo, três participantes do sexo masculino realizaram 50 saltos máximos cada um. Os participantes descansaram por 1 minuto entre os saltos. A ASv foi calculada a partir de dados cinemáticos como a posição mais alta do centro de massa corporal (CMC) menos o CMC em pé; a potência de pico (PEAKPWR) foi calculada a partir da força de reação vertical registrada por uma plataforma de força e a potência média (MEANPWR) durante a propulsão a partir da mudança na energia potencial do CMC. As análises de regressão foram realizadas usando os escores da ASv padronizados como variável preditora e os escores de potência padronizados como variáveis de resultado, com a expectativa de obter uma função de identidade y = x (interceptação = 0, inclinação = 1) e R2 = 1. No experimento 1, o modelo para zPEAKPWR produziu R2 = 0,9707(p < 0,0001), mas a inclinação (0,3452) ≠ 1 (p = 8,7x10-15). O modelo para zMEANPWR apresentou R2 = 0,9239 (p < 0,0001); no entanto, a inclinação (0,4257) ≠ 1 (p = 1,15x10-5). No experimento 2, todos os modelos individuais para zPEAKPWR e zMEANPWR apresentaram associações débeis (R2 ≤ 0,21) e inclinações ≠ 1(p ≤ 0,001). Em conclusão, a análise de regressão para indivíduos e até mesmo para grupos confirma que a ASv é um indicador débil da potência mecânica.
Palavras-chave cinemática; fenômenos biomecânicos; biomecânica; esporte; parte inferior do corpo; validação; análise intrassujeito