Open-access Curso teórico online de primeiros socorros na escola: percepção dos professores da educação básica

Curso teórico en línea de primeros auxilios en la escuela: percepción de docentes de educación básica

In-school first aid online theoretical course: perception of basic education teachers

Resumo

Introdução:  Na escola os acidentes normalmente são testemunhados pelo professor, que é a figura responsável pelas crianças e adolescentes. Embora a literatura indique a relevância dos cursos em primeiros socorros, torna-se necessário entender a visão dos cursistas, como protagonistas do processo de aprendizagem, para adequar as ações formativas e as tecnologias utilizadas, uma vez que a educação em saúde pode reduzir drasticamente as taxas de lesões não intencionais.

Objetivo:  Conhecer as percepções dos professores de uma escola de educação básica privada a respeito do curso online de fundamentos teóricos de primeiros-socorros.

Método:  Trata-se de um estudo qualitativo e descritivo. O estudo foi realizado em um centro de educação básica privado do Sul de Minas Gerais, Brasil. A coleta de dados ocorreu entre os meses de janeiro a março de 2022. A população de estudo foi constituída por dez professores, que realizaram o curso de extensão online ''Fundamentos teóricos de primeiros-socorros na escola''. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada, mediada por tecnologia remota e a análise foi feita por meio da Análise Temática.

Resultados:  O trabalho interpretativo resultou em dois temas e um subtema respectivamente: ''Primeiros socorros como um novo objeto para os professores da educação básica''; ''Contribuições do curso online: novas aprendizagens em primeiros socorros''; ''A falta de aulas práticas como limite da estratégia de ensino''.

Conclusão:  O curso online despontou-se como recurso útil para capacitação de professores em primeiros socorros, amplia o conhecimento e abre um campo para reflexão sobre a segurança do ambiente escolar. Contudo, a ausência de conteúdo prático é apontada como um limite da estratégia, porque não oportuniza o desenvolvimento das habilidades psicomotoras.

Palavras Chaves: Educação em saúde; Enfermagem; Primeiros socorros; Professores; Serviços de saúde escolar

Resumen

Introducción:  En la escuela, los accidentes suelen ser presenciados por la persona docente, quien es el responsable de la persona menor de edad. Aunque la literatura indica la relevancia de los cursos de primeros auxilios, es necesario comprender la visión de quienes participan del curso. Al ser protagonistas del proceso de aprendizaje, se deben adaptar las acciones de formación y las tecnologías utilizadas, ya que la educación en salud puede reducir drásticamente las tasas de lesiones no intencionales.

Objetivo:  Conocer las percepciones del cuerpo docente de una escuela privada de educación básica sobre el curso en línea de fundamentos teóricos de primeros auxilios.

Metodología:  Se trata de un estudio cualitativo y descriptivo que se llevó a cabo en un centro privado de educación básica en el sur de Minas Gerais, Brasil. La recopilación de datos tuvo lugar de enero a marzo de 2022. La población de estudio estuvo constituida por diez docentes, que participaron del curso de extensión en línea ''Fundamentos teóricos de los primeros auxilios en la escuela''. La recolección de datos se realizó a través de una entrevista semiestructurada, mediada por tecnología remota y el análisis de los datos se llevó a cabo mediante análisis temático.

Resultados:  El trabajo interpretativo resultó en dos temas y un subtema respectivamente: ''Los primeros auxilios como objeto nuevo para los docentes de educación básica'', ''Aportes del curso en línea: nuevos aprendizajes en primeros auxilios''y ''La falta de clases prácticas como límite de la estrategia docente''.

Conclusión:  El curso en línea surgió como un recurso útil para la capacitación de profesores en primeros auxilios, ampliando el conocimiento y abriendo un campo para la reflexión sobre la seguridad escolar. Sin embargo, la falta de contenido práctico se señala como una limitación de la estrategia, ya que no ofrece oportunidades para el desarrollo de habilidades psicomotoras.

Palabras clave: Educación para la salud; Enfermería; Primeros auxilios; Maestros; Servicios de salud escolar

Abstract

Introduction:  At school, accidents are often witnessed by the teacher, who is responsible for the children and adolescents. Although the literature indicates the relevance of first aid courses, it is necessary to understand the perceptions of course participants, as the protagonists in this learning process, to adapt the training actions and the technologies used, since health education can drastically reduce unintentional injury rates.

Objective:  To understand the teacher perceptions in a private elementary school regarding the online course on first aid theoretical fundamentals.

Methods:  This is a qualitative and descriptive study that was developed in a private elementary school in the south of Minas Gerais, Brazil. the data collection was from January to March 2022. The study population consisted of ten teachers, who participated in the online extension course ''Theoretical Fundamentals of first aid in schools''. The data collection was done through a semi-structured interview, mediated by remote technology, and the information was analyzed using Thematic Analysis.

Results:  The analysis resulted in two themes and a subtheme respectively: ''First aid as a new topic for elementary school teachers''; ''Contributions of the online course: new learning in first aid''and ''The lack of practical classes as a limitation of the teaching strategy''.

Conclusion:  The online course has emerged as a useful resource for training teachers in first aid, expanding knowledge, and disclosing a field for reflection on school safety. However, the lack of practical content is identified as a limitation of the strategy, as it does not provide opportunities for the development of psychomotor skills.

Keywords: Health Education; Nursing; First aid; Teachers; School health services

Introdução

As crianças passam uma maior parte do dia na escola e diante do grande número de atividades tornam-se mais suscetíveis a sofrer algum tipo de lesões acidentais. A Organização Mundial de Saúde (OMS), recomenda seguir as diretrizes mundiais de Emergências Cardiovasculares e Ressuscitação Cardiorrespiratória que foram estabelecidas pelo International Liaison Committee on Resuscitation, tendo em vista que os acidentes acontecem em escolas frequentemente em todo o mundo.1,2

As causas externas, como lesões e ferimentos acidentais, possuem uma participação significativa na mortalidade, configurando entre as 15 principais causas de óbito em crianças de 1 a 10 anos.3 Em 2007 constatou-se que as causas externas no Brasil correspondiam a acidentes de transportes (29,3%), afogamentos (21,0%), engasgamento por vômito ou corpo estranho (15%) e agressões/ violências (6,9%), caracterizando um importante problema de saúde pública. Em 2015 constatou-se 2.358 óbitos de crianças pelas causas supracitadas.4,5,6

Desse panorama epidemiológico, depreende-se que o treinamento da população leiga em primeiros socorros é uma temática de grande relevância, pois acidentes e intercorrências ocorrem diariamente em locais como domicílios, ambientes de trabalho, ruas e escolas, portanto, torna-se necessário orientar a população sobre a forma de proceder corretamente nessas circunstâncias.6

Algumas medidas políticas e jurídicas buscam estimular o treinamento em primeiros socorros em diversos espaços. A exemplo, no Brasil a ''Lei Lucas'', nº 13.722, de outubro de 2018, torna obrigatória a capacitação em noções básicas de primeiros socorros aos professores e colaboradores de ambientes de ensino público ou privado e de recreação. Prescreve, ainda, que esta capacitação deve ser renovada anualmente e todos os estabelecimentos devem afixar em local visível o nome de cada participante e a respectiva certificação.7 Destaca-se que, os acidentes com os alunos na escola podem ocasionar transtornos para a instituição, decorrentes de problemas legais caso não seja realizado atendimento adequado, uma vez que o código penal brasileiro situa a omissão de socorro como crime.6

Neste contexto, as ações de educação em saúde são consideradas custo-efetivas. A literatura aponta que a educação em saúde pode reduzir drasticamente as taxas de lesões não intencionais, além de preparar o profissional responsável para lidar da melhor forma, caso o acidente venha a ocorrer.3

Reconhece-se a importância da educação em saúde acerca desta temática para garantir segurança à criança e o respaldo ao profissional da educação. A exemplo, um estudo realizado em quatro escolas públicas de ensino básico no interior de São Paulo, demonstrou que os cursos/treinamentos sobre os princípios básicos em primeiros socorros nas instituições são fundamentais para minimizar danos ocasionados pela manipulação incorreta da vítima.8

Adicionalmente, a socialização de conhecimentos de primeiros socorros com professores nas escolas é considerada uma forma de aumentar os níveis de confiança dos profissionais, levando a um melhor reconhecimento da situação, bem como ao alcance significativo de uma maior parte da população longitudinalmente, mesmo porque os professores podem aplicar os novos conhecimentos no ensino em sala de aula.9,10

Por isso, é crucial que os profissionais de saúde trabalhem em prol da prevenção de ocasiões que coloquem em risco a vida e a integridade física, psicológica e social da criança, na escola.4,7

Sobretudo, destaca-se como corresponsável, nesse processo, o profissional enfermeiro, já que a educação em saúde e a melhoria na condição de saúde populacional é uma de suas funções.7

Embora se reconheça que o ensino prático é fundamental na área das emergências, entende-se que a oferta dos conteúdos teóricos por sistema remoto pode otimizar o ensino, alcançando um estrato maior da população alvo, em menor tempo e ao menor custo, além de abrir espaço para futuras ofertas em sistema híbrido. Além do mais, considera-se imprescindível ouvir os participantes do curso e conhecer suas percepções a respeito da estratégia oferecida.

Diante disso, o presente estudo tem como objetivo conhecer as percepções dos professores de uma escola básica privada a respeito de um curso online sobre fundamentos teóricos de primeiros socorros na escola.

Metodologia

Trata-se de um estudo qualitativo, exploratório e descritivo. A pesquisa qualitativa é adequada para investigação de tópicos que requerem interpretação e explicação, privilegiando-se metodologias flexíveis e adaptáveis à natureza do que se investiga.11

Por meio do delineamento exploratório, buscou-se a aproximação para com as ideias e intuições, com vistas a tornar familiar o fenômeno pesquisado, o que permitiu a formulação de novos problemas e o estabelecimento de possibilidades para sua solução.12

O estudo foi realizado em um centro de educação básica privado do Sul de Minas Gerais, Brasil, que recebeu o curso de extensão online intitulado ''Fundamentos Teóricos de Primeiros Socorros na Escola'' (Quadro 1).

O curso supracitado foi ofertado por um projeto de extensão e contemplou quatro módulos teóricos que totalizaram 16 horas, de acordo com um cronograma de quatro semanas. Foi organizado no Ambiente de Aprendizagem Virtual (AVA) Plataforma Moodle Comunidade, os módulos foram preparados em consonância às diretrizes nacionais e internacionais sobre a temática,13,14,15contaram com aulas assíncronas realizadas por profissionais expertises da área, resumos dos conteúdos, fóruns para dúvidas e questionários para encerramento dos módulos.

A coleta de dados ocorreu entre os meses de janeiro a março de 2022. Foram incluídos na pesquisa os indivíduos que contemplaram os seguintes critérios: possuir idade maior ou igual a 18 anos, ser professor ou colaborador do centro de educação infantil, sede do estudo, e ter concluído o curso ''Fundamentos teóricos de primeiros-socorros na escola'', respondendo aos quizzes programados na Plataforma Moodle. Foram excluídos os colaboradores que não concluíram o curso, que estavam em licença, afastamento ou não faziam parte da equipe no período de oferta.

No período da coleta dos dados, havia 22 colaboradores, sendo eles, professores da educação básica, auxiliares de desenvolvimento infantil e demais colaboradores da escola. Dentre estes, 17 colaboradores realizaram integralmente o curso de primeiros socorros, caracterizando, portanto, a população do estudo. Quatro destes se recusaram a participar, um se encontrava em licença maternidade durante o período da coleta e dois não faziam mais parte do corpo docente da instituição. Portanto, a população final do estudo foi constituída por dez professores.

Para participação, os professores foram orientados a respeito da proposta, os objetivos do estudo, e a preservação do anonimato, que foi garantido por meio da substituição dos nomes dos participantes pela letra ''P''enumerada aleatoriamente conforme a sequência das entrevistas. Foi garantida a possibilidade de negar-se a responder alguma pergunta ou desistir da participação sem que ocorresse nenhum tipo de prejuízo.

A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada, pela pesquisadora principal. O roteiro foi composto por duas partes, a primeira parte visou conhecer as características sociodemográficas dos participantes, com as seguintes variáveis: sexo, idade, profissão, cargo e tempo de trabalho na educação. A segunda parte foi constituída pelas seguintes questões norteadoras: Você já realizou algum curso em primeiros socorros? O que você entende sobre primeiros socorros? Quando você pensa numa situação de emergência na escola, o que passa na sua cabeça? Como foi para você ter participado do curso? Você considera algum tópico estudado importante para sua prática? Porque? Há alguma sugestão que você gostaria de deixar?

Todas as entrevistas foram gravadas em áudio e vídeo, com a participação apenas da pesquisadora e do entrevistado. Obteve-se a duração média de dez minutos cada. Após a coleta, os dados foram transcritos na íntegra no programa de editor de texto Microsoft Word Office 10.

Quadro 1:
Conteúdo do curso ''Fundamentos Teóricos de Primeiros Socorros na Escola''

O roteiro de entrevista foi submetido a um estudo piloto, com um dos participantes que contemplava os critérios de inclusão, para assegurar a pertinência do roteiro e avaliar os recursos de gravação das entrevistas, bem como para preparar a entrevistadora. A avaliação do material produzido pelo estudo piloto permitiu constatar que os recursos de gravação e interação online eram adequados para entrevista, bem como o roteiro permitia a produção de dados relevantes aos objetivos da investigação. Assim, os dados do estudo piloto foram inclusos no corpus final para análise.

O método utilizado para a organização e análise dos dados foi a Análise Temática (AT), proposta por Braun e Clarke.16 A AT é uma abordagem qualitativa que visa identificar, analisar, interpretar e relatar padrões, permitindo a organização e descrição das informações em ricos detalhes. Este método considera a participação ativa do pesquisador e a seleção dos pontos relevantes do conjunto de dados.17 A análise foi processada por três pesquisadores. Para o desenvolvimento, utilizaram as seis fases preconizadas pelas autoras.16

A Fase 1: transcrição e familiarização dos dados, com leitura repetida dos mesmos. Fase 2: codificação dos aspectos relevantes das entrevistas. Fase 3: elaboração dos temas potenciais; realizou-se uma organização dos códigos por semelhança, em temas e subtemas. Fase 4: revisão e refinamento de cada tema, com o intuito de verificar a adequação dos mesmos em relação a todo o conjunto de dados. Fase 5: os temas e subtema resultantes foram intitulados. Fase 6: procedeu-se à redação do relatório de pesquisa, permitindo a interpretação dos temas, à luz da literatura correlata.

Em consonância aos preceitos éticos da Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde,18 este estudo foi submetido à apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa e obteve-se a aprovação, nº do parecer: 5.149.998 e Certificado de Apresentação de Apreciação Ética (CAAE): 526.16021.0.0000.5142. Os participantes preencheram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido de maneira online pelo Google Forms, após receberem as orientações iniciais por e-mail, com as explicações a respeito da investigação.

Resultados

Todas as dez participantes atuavam como professoras do ensino básico, possuíam idade entre 25 e 54 anos, e atuavam de um a 11 anos na área da educação básica.

A análise temática das entrevistas levou a construção de dois temas e um subtema, representados no quadro 2.

O primeiro tema intitulado ''Primeiros socorros como um novo objeto para os professores da educação básica''congrega as percepções dos participantes a respeito das experiências prévias, sua visão a respeito das situações de emergência anterior ao curso e destaca o fato de que o curso apresentou, para a maioria dos professores, um novo objeto e proporcionou um olhar diferente para o fenômeno.

''(...) Esse foi o primeiro curso mesmo, eu até achei de extrema importância, porque às vezes a gente está na sala e acaba acontecendo algumas situações e a gente fica sem saber o que fazer e através desse curso a gente aprendeu a dar suporte, aí isso deixa a gente mais tranquila, já que temos mais informações''(P-4).

''(...) Então antes do curso eu sabia assim o básico do básico que acho que era tão baixo meu conhecimento, por exemplo, impossível auxiliar a uma possível parada, eu não sabia exatamente o que fazer, agora no curso de Primeiros Socorros a gente aprende coisas mais sérias, que existe uma probabilidade menor de acontecer, mas a gente não faz ideia dos riscos. Igual, na parada, ou a questão da criança quando quebra um dente ou arranca o dente a gente agora sabe o que deve fazer''(P-3).

De fato, as situações de emergência podem provocar medo, que é potencializado pelo desconhecimento do modo como deve-se proceder:

''(...) eu já vivenciei uma vez, há muito tempo, uma menina quebrou o braço durante o recreio, foi assim uma ameaça de infarto para mim!''(P-6).

''(...) porque eu acho que quando tem alguma intercorrência, é normal que a gente fique com adrenalina, não é? Deixa a gente sem muita ação, com medo. A gente já fica meio sem saber o que fazer, fica um pouco em choque''(P-5).

Diante disso, o leigo tende a agir pautado no senso comum, como tentativa de auxiliar a vítima:

''(...) assim, é difícil saber a forma correta, eu antes agiria enquanto mãe que eu sou e com as minhas experiências que eu machuquei''(P-9).

Contudo, para alguns participantes a necessidade de ter o preparo adequado para auxiliar em situações de emergências é mais importante do que agir prontamente:

''(...), mas no momento você quer ajudar e se você não tem preparo não pode''(P-2).

''(...) aí eu tenho, eu quero ajudar ela, fazer alguma coisa, socorrer aquela vida, então eu vejo o preparo como meu suporte, tipo as coisas que eu tenho que fazer por aquela criança''(P-5).

Nessa direção, observa-se que as professoras reportaram que o curso permitiu novos modos de compreensão a respeito dos primeiros socorros na escola, o que foi capaz de despertar para a necessidade de desenvolvimento pessoal para lidar com as situações de emergência:

''(...) olha, eu sou uma pessoa um pouco nervosa às vezes, um pouco desesperada, mas eu acho que o curso nos deixa mais preparados, mais calmos como indivíduos para saber lidar com aquela situação''(P-3).

Quadro 2:
Temas e subtema da pesquisa.

Deste modo, o curso de primeiros socorros pode contribuir para que os professores se sintam preparados para ofertar o primeiro atendimento:

''(...) a gente espera que não aconteça, mas quando acontecer uma situação de emergência eu penso em estar preparada para aquela situação em específico. O curso demonstra várias situações possíveis que possam acontecer no ambiente escolar, uma queda, um dente quebrado, e um desmaio. Então a gente tem que estar preparada para aquela situação porque cada segundo nesse contexto é extremamente valioso (…) eu acho que agora sei aquela situação para agir da melhor forma possível''(P-9).

O segundo tema, intitulado ''Contribuições do curso online: novas aprendizagens em primeiros socorros''sintetiza as percepções das participantes que indicam novas aprendizagens a respeito da temática, processo esse favorecido pelos conteúdos e estratégias pedagógicas utilizados no curso.

Para as entrevistadas, o curso demonstrou ser de extrema necessidade e auxiliou na ampliação do olhar para a prevenção das ocorrências na escola:

''(...) como eu fico em sala com crianças, os primeiros socorros vêm quando a criança se machuca, aí eu tenho, eu quero ajudar ela, fazer alguma coisa, socorrer aquela vida. Então eu vejo primeiros socorros como meu suporte, tipo as coisas que eu tenho que fazer por aquela criança. Eu entendo de extrema necessidade''(P-8).

Chama a atenção o depoimento de uma professora sobre uma ocorrência grave, logo após o curso. Para ela, o desfecho da situação foi satisfatório em decorrência do aprendizado obtido por meio dessa estratégia de ensino:

''(...) é que depois de um tempo que ele estava já nesta crise convulsiva, ele parou, e a gente percebeu que a boquinha dele começou a ficar roxa, né? Aí nós já iniciamos a massagem cardíaca e aí depois de um tempinho ele já respondeu, até que ele foi tirando nossa mão, sabe? (...) colocamos ele de lado e também logo os bombeiros já chegaram (...) inclusive depois a gente teve o retorno de que se ele não tivesse ficado de lado e aspirado aquele líquido poderia ter sequelas. E que nós salvamos a vida dele ''(P-5).

No que diz respeito à avaliação da estratégia de ensino, constatou-se que o curso foi avaliado como bem coeso em seu conteúdo e proporcionou fácil entendimento:

''(...) a parte teórica ela foi ótima, a linguagem simples deu para entender. Então - se acontecer isso, vocês fazem isso, fazem isso - . Foi bem claro. Nossa! Foi bem claro, claro e objetivo. Não ficou enrolando. Foi muito, muito legal ver o curso''(P-3).

''(...) Eu gostei bastante do conteúdo, lá do curso, igual eu falei, trabalhou muito desde um dentinho quebrado, até uma convulsão que eu acho uma coisa séria''(P-6).

Por outro lado, coloca-se em perspectiva a necessidade deste preparo ser ensinado desde a graduação:

''(...) poderia inclusive ser inserido nas grades, poderia fazer parte de uma disciplina principalmente de quem trabalha na área de educação''(P-2).

''(...) de repente até tem na grade, e eu estou desatualizada do curso de pedagogia, não sei como é a atual, como que é a grade já que mudou tudo agora entrou muita questão digital, quem tá iniciando pedagogia agora tomara que tenha esse conteúdo, mas que ele possa vir a ser da grade curricular do curso, já que ele é muito importante''(P-3).

Sob outra perspectiva, o subtema ''A falta de aulas práticas como limite da estratégia de ensino''sinaliza que a estratégia online possui suas limitações, com destaque para a ausência de oportunidades de treinamento prático:

''(...) só que a gente tem um receio, o que eu penso é um certo receio é como se a gente soubesse a teoria mas na hora da prática, na hora que a gente se deparar com uma situação como essa, eu acho que se a gente tivesse pelo menos um dia - sei lá - que faça um encontro de atividades práticas''(P-2).

''(...) por exemplo, eu aprendi a manobra lá numa parada cardíaca mas eu nunca fiz, então, uma dúvida sim pode surgir, isso daí abre brecha para uma falha na hora da execução, mesmo que eu sei o lugar direitinho, eu sei como é que vai pressionar, e na hora como eu nunca testei o movimento, eu acho que seria mais difícil''(P-3).

Discussão

A construção do conhecimento acerca da assistência em primeiros socorros tem sido um caminho longo, que requer o treinamento de pessoas leigas para prestar o primeiro atendimento à vítima, reconhecer determinada situação e tomar a decisão mais adequada para cada caso, solicitando socorro para os profissionais responsáveis. Esse modo de proceder faz diferença no atendimento e em sua qualidade, determinando o desfecho da situação. Portanto, é essencial educar, treinar e difundir esse conhecimento.9

A literatura tem trazido inúmeras experiências positivas acerca do treinamento da população leiga a respeito de primeiros socorros, sendo notório que o treinamento contribui significativamente para a sobrevivência da vítima.19

Ademais, a tecnologia de ensino a distância pode ser um recurso favorável ao alcance dos objetivos de ampliação do conhecimento da população em primeiros socorros. Contudo, embora se tenha observado satisfação dos participantes com o ensino de primeiros socorros nos moldes a distância, notou-se, nesta pesquisa, que a impossibilidade de treinamento prático é uma limitação importante que merece ser considerada.

O ambiente escolar é um local favorável para que os acidentes aconteçam devido a aglomeração de crianças que se encontram em processo de desenvolvimento, os acidentes podem ocorrer entre as pausas nas aulas, nos momentos reservados para a alimentação, na prática de atividades físicas, como também dentro da própria sala de aula, demonstrando que as intervenções imediatas podem ser realizadas pelos profissionais responsáveis naquele ambiente, neste caso os professores que estão inseridos na escola. 9 No entanto, nem sempre os profissionais envolvidos na educação básica são formados para olhar para esse espaço com intuito de prevenir acidentes e lesões. Ressalta-se que, para os participantes, o curso possibilitou um novo olhar para o ambiente escolar como local em que também podem ocorrer situações de emergência.

O curso também favoreceu a identificação de situações que antes poderiam passar despercebidas, configurando um benefício importante da estratégia, uma vez que as condições de emergência devem ser prioritariamente reconhecidas como passíveis de prevenção, sobretudo em se tratando do público pediátrico.

Os professores da escola normalmente apresentam dificuldades em manejar os acidentes. Essa situação pode se relacionar à deficiência de conhecimentos a respeito das condutas adequadas a serem executadas. Os docentes muitas vezes não se sentem preparados, demonstrando insegurança e medo de realizar o cuidado.19 Todavia, o curso de formação, ainda que apenas teórico, pode amenizar o receio e melhorar a confiança dos professores em sua capacidade de enfrentamento em eventuais situações de emergência na escola.

Os educadores demonstram interesse em treinamentos na área e muitas vezes expõem experiências prévias negativas quanto ao próprio desempenho em casos de acidentes que ocorreram na escola, por não conhecerem a conduta correta a ser tomada.20 Inúmeros são os relatos sobre insegurança e ausência de conhecimento ao prestar atendimento, muitos professores da escola temem causar sequelas nas crianças por não saberem como agir diante de uma emergência, além disso, por vezes os atendimentos são realizados no impulso, pautados nas experiências vivenciadas ou por conselho de terceiros.21

Desse modo, é fundamental que os docentes sanem suas dúvidas sobre como atuar em casos de urgência e emergência com seus alunos. A escassez de oferta de cursos extracurriculares nesta temática, para o público em questão, pode ser um dos fatores que contribuem para a falta de conhecimento.6 Nessa direção, 77,8% dos professores da educação básica não cursaram disciplinas a respeito de primeiros socorros na graduação;22 aspecto esse que coaduna com o fato de que grande parte dos entrevistados atestaram que nunca realizaram curso sobre a temática e sinalizaram que não se recordam de terem recebido instrução formal a esse respeito durante a graduação.

Os cursos de licenciatura não têm preparado os futuros docentes para essas situações, não há exigência de que a formação inicial proporcione os conhecimentos teóricos e práticos nesse campo. Em contrapartida, o professor formado em Educação física pode ter mais clareza do que deve ser feito em uma ocorrência na escola, haja vista que a temática é contemplada na dinâmica curricular, já os profissionais das outras áreas não possuem essa exigência durante sua formação inicial.9,20

Paradoxalmente, as políticas recentemente criadas convergem para a integração e a permanência da educação em saúde na escola. Como exemplo, destaca-se no contexto brasileiro a Lei nº 13.722 de 2018, que dispõe da obrigatoriedade do fornecimento de formação continuada, por meio de treinamentos anuais e/ou capacitações sobre primeiros socorros na escola, em todos os níveis da educação.7,8,22

Como outro exemplo, sublinha-se o Programa de Saúde na Escola (PSE), que visa integrar a saúde e educação por meio da promoção, prevenção e atenção em saúde, corroborando com a Política Nacional de Redução de Morbimortalidade por Acidentes e Violências, que preconiza a disseminação de conhecimento para os profissionais da educação sobre as condutas em primeiros socorros.22 Cabe mencionar que o enfermeiro possui destaque como educador em saúde, principalmente por meio da inserção na Estratégia de Saúde da Família que colabora estreitamente com o PSE, possui responsabilidade acerca da promoção, prevenção e atenção à saúde na atenção escolar, auxiliando na formação dos educandos. Pode ser um profissional chave para implementar as estratégias de ensino que introduzam e alicercem a temática de primeiros socorros no ambiente escolar, quer seja por meio de ensino remoto, presencial ou híbrido.9

Considera-se que o ensino mediado por tecnologias à distância permite o acesso por meio de qualquer dispositivo eletrônico, pelas plataformas de AVA.23 O ensino remoto pode contar com as atividades síncronas, ou seja, em que todos os participantes estão conectados no mesmo instante, e com as atividades assíncronas, que permitem o acesso individual em espaços de tempos diferentes, como na modalidade adotada no curso. Essas foram algumas vantagens observadas na presente pesquisa, pois o acesso dos participantes ao curso por meio de tecnologia, possibilitou a execução da estratégia em um período em que a Universidade, em consonância com as normativas locais em função da pandemia de COVID-19, estabeleceu que todas as ações de ensino, pesquisa e extensão fossem realizadas de modo remoto.

Observa-se por meio desse estudo que as estratégias de educação à distância podem contribuir para o fortalecimento das propostas que disseminem os conhecimentos em primeiros socorros. A divulgação de informações verídicas e coesas aos interessados podem contribuir para um atendimento mais assertivo, racional e que evite a execução de práticas inapropriadas, criando um estímulo para a busca de novas aprendizagens.4

Nesse contexto, nota-se a escassez de estudos a respeito de treinamentos online para a população leiga em primeiros socorros, e faz-se necessária a realização de mais pesquisas a respeito da eficácia dessa estratégia de ensino. Todavia, reconhece-se que as técnicas e procedimentos próprios dos primeiros socorros necessitam de treino de habilidades psicomotoras, para que sejam melhor aprendidas no decorrer do processo de ensino. Para que uma manobra seja efetiva, faz-se necessário desenvolver tanto o aspecto cognitivo quanto o motor.8 Esse é um importante limite das estratégias de ensino na modalidade online, uma vez que não favorecem essa dimensão do desenvolvimento motor do participante.

Os resultados evidenciam uma preocupação com os processos formativos no campo da educação, que incidem sobre os processos de saúde, destacando o papel do professor da educação básica. Esta pesquisa apresenta algumas limitações como o fato de a coleta de dados ter ocorrido por meio de entrevistas mediadas por plataformas online. Sabe-se que na pesquisa qualitativa a interação pessoa-pessoa também é uma ferramenta para produção de dados que permitam adentrar na realidade que se pretende estudar. No entanto, a técnica possível, em razão da pandemia, proporcionou dados relevantes para exploração do fenômeno de estudo e abre possibilidades para novas pesquisas.

Este estudo permitiu ampliar a visão para a importância da criação de cursos online nesta temática, contudo, recomenda-se que as estratégias online oportunizem espaços para treinamento presencial das habilidades dos cursistas.

Conclusão

O curso online em primeiros socorros é uma ferramenta que, na visão dos participantes, amplia o conhecimento dos professores da educação básica, abre campo para a reflexão sobre a segurança do ambiente escolar e proporciona conhecimentos instrumentais sobre as condutas principais do primeiro atendimento. No entanto, a ausência de conteúdo prático é apontada como um limite da estratégia, uma vez que não oportuniza o desenvolvimento das habilidades psicomotoras requeridas pelos atendimentos.

Sugere-se que as instituições educacionais da educação básica disponham de um plano de formação continuada que preveja a capacitação anual dos seus professores, por meio de modalidades híbridas de ensino, que lancem mão das vantagens proporcionadas pela modalidade online sem abdicar do componente prático. Para isso, faz-se necessário parcerias efetivas entre a rede de educação básica pública e privada e o ensino superior. Ademais, denota-se a necessidade de elaboração de mais estudos que avaliem a efetividade das estratégias de capacitação online, com uso de instrumentos que favoreçam o acesso ao conhecimento adquirido e às mudanças de comportamento dos educadores.

DECLARAÇÃO DE CONFLITO DE INTERESSE

Os autores declaram não haver conflito de interesses.

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Datas de Publicação

  • Data do Fascículo
    Jul-Dec 2023

Histórico

  • Recebido
    05 Jul 2022
  • Aceito
    20 Mar 2023
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