Resumo:
Introdução: O novo coronavírus (severe acute respiratory syndrome coronavirus - SARS-CoV-2) disseminou-se rapidamente em todo o mundo causando a Coronavirus Disease 2019 - COVID-19, uma doença respiratória potencialmente grave, que se configura como uma ameaça à vida de milhares de pessoas, sobretudo profissionais de saúde que frente à exposição ocupacional aumentam suas vulnerabilidades e integrando as estatísticas de casos, óbitos e letalidade.
Objetivo: descrever a situação epidemiológica dos profissionais de enfermagem no Brasil acometidos pela COVID-19.
Método: Estudo epidemiológico, observacional e descritivo, por meio de dados secundários. Foram incluídas todas as notificações de COVID-19 entre profissionais no Observatório da Enfermagem de 03 abril de 2020 até o dia 26 de maio de 2021. Os dados foram submetidos à análise descritiva.
Resultados: 56.114 (100%) casos foram notificados. Dentre as variáveis analisadas, a faixa etária entre 31 a 40 anos foi a mais acometida com 19.761 registros (35,21%), 784 (1,39%) profissionais evoluíram a óbito, com maior predomínio no sexo feminino com 531 (67,72%) notificações. Com relação a letalidade, o sexo masculino somou o maior índice (5,16%). A região Sudeste notificou o maior índice de casos, com destaque para o estado de São Paulo. A faixa etária de 31 a 40 anos, reuniu os maiores índice de afastamento por suspeita de COVID-19 e, em quarentena com 6.074 (36,46%).
Conclusão: Os achados permitiram conhecer casos de adoecimento, óbito e letalidade por COVID-19 entre os profissionais de enfermagem, apontando a necessidade urgente de estratégias que minimizem esses riscos em seus ambientes de trabalho.
Descritores: Assistência de enfermagem; Epidemiologia; Infecções por coronavírus; Pandemia; Profissionais de enfermagem