Resumo
Este artigo é parte da pesquisa que visa questionar, a partir da análise documental qualitativa, a noção de identidade nacional com a qual Pelusín del Monte –personagem do teatro de bonecos cubano– é indicado como ícone nacional, a partir da qual, argumentou-se a afirmação que o patrimonializou por meio da investigação de Freddy Artiles (1946-2009) consubstanciada em uma tese de doutorado (2002). Mais especificamente, é exposto um contraponto sobre os usos do termo popular para uma ontologia do boneco, e seu uso na declaração do personagem como ícone nacional. Apontam-se os traços expressivos da colonialidade do saber e da colonialidade do ser, inscritos no gesto acadêmico e na própria evolução da denominação de popular, constitutiva das estruturas de sentimentos sobre as quais se sustenta o projeto cultural da modernidade.
Palavras-chave Cuba; teatro popular; descolonização; teatro de marionetes; patrimônio cultural