Resumo
Este artigo tem como objetivo apresentar os resultados da pesquisa da investigação sobre as queixas subjetivas que afligem as mulheres migrantes latino-americanas e caribenhas em Santiago do Chile, expressas por elas em oficinas de promoção da saúde mental. Por meio da Sistematização da Experiência das equipes de implementação das oficinas (pertencentes a duas Universidades), do registro da participação das mulheres nas oficinas (realizadas entre 2016 e 2019) e das entrevistas semiestruturadas com cinco delas, analisa-se o impacto subjetivo que os problemas psicossociais enfrentados no Chile afetaram as mulheres. Foram identificadas quatro áreas problemáticas nas quais se inscrevem os desconfortos por elas expressos, como sentimento de decepção e frustração, sentimento de fraqueza e fragilidade, além de sentimentos de solidão e vergonha. As conclusões que aqui apresentamos buscam contribuir para o campo de estudos sobre a migração feminina na região da América Latina, especificamente para os problemas de saúde mental.
Palavras-chave Migração; América latina; saúde mental; estudos sobre mulheres; pesquisa participativa