Resumo
O artigo examina a história da Nova Organizaçao Anticomunista (NOA), um esqua drão da morte paraestatal que existiu em Guatemala entre 1967 e 1968, tendo como objetivo central o análise da violência política e, especificamente, o papel que des empenhava na repressão da dissidência política da época. Para cumprir com esse propósito, propõe-se, em primer lugar, uma abordagem teórica que procura definir as características das esquadras como actores repressivos. Depois, presenta-se o contexto e desenvolvimento do complexo da contra-insurgência repressiva que deu origem à NOA durante o governo de Julio César Méndez Montenegro (1966-1970). Posteriormente e com base em fontes da época e bibliografía especializada, traza-se a evolução da organização, atendendo os seus sus objetivos, composição social, mecanismos de ação o impacto dos seus crimes. A pesquisa mostra como a violência da NOA foi fundamental para a propagação do terror no final da década de 1960 e no desenvolvimento de um consenso conservador que possibilitou o retorno dos milita res à presidência nacional em 1970; razões que destacam a importância de abordar o conflito armado interno desde o estudo dos chamados perpetradores.
Palavras chave: Nova Organização Comunista (NOA); repressão; violência política; anticomunismo; América Central