Id. |
Objetivos |
Principais resultados |
1 |
Comparar os níveis e preditores de calor e envolvimento parental entre três grupos de pais: 1. Divorciados que detinham a custódia da criança; 2. Casados; e 3. Divorciados que não detinham a custódia da criança. |
Os pais divorciados que detinham a custódia da criança apresentaram níveis mais elevados de envolvimento parental, se comparados aos pais casados ou que não tinha a custódia do filho. Especificamente para esses pais, a coparentalidade associou-se positivamente ao envolvimento parental. O tipo de cuidado recebido pelos pais de seus próprios pais, bem como a autoeficácia paterna, foram preditores do envolvimento parental. |
2 |
Examinar se o ajustamento parental (angústia e raiva), o conflito coparental e o estilo parental (permissividade e excesso de reatividade) previam o ajustamento infantil (comportamentos internalizantes e externalizantes da criança), após o divórcio dos pais. |
Observou-se que a falta de ajustamento mental dos pais divorciados (ou seja, o aumento da angústia e da raiva de ambos os pais), o alto nível de conflito coparental e o estilo parental permissivo foram fatores preditivos para o aumento dos problemas emocionais e comportamentais das crianças. |
3 |
Investigar se o envolvimento parental de pais não residentes afetou a possibilidade de recasamento da mãe divorciada e o apoio financeiro do pai em relaçãoà criança. |
O recasamento da mãe divorciada foi positivamente associado ao envolvimento parental do pai não residente, mas não se associou ao recebimento de apoio financeiro por parte do pai à criança. |
4 |
Examinar e comparar as circunstâncias dos pais solteiros e dos que já foram casados com a mãe da criança, mas vivem separados, cinco anos depois do nascimento do filho. |
Foi constatado maior nível de envolvimento parental (contato e qualidade do relacionamento com a criança, e cooperação parental) entre os pais divorciados que em algum momento tiveram proximidade tanto com a ex-esposa quanto com o filho, se comparados àqueles pais que nunca foram casados com a mãe da criança. |
5 |
Identificar se o envolvimento parental de pais residentes e não residentes com a criança após o divórcio estaria associado a maiores realizações das crianças em termos cognitivos e educacionais, e ao nível educacional e de renda da família. |
Observou-se associação positiva entre envolvimento parental e realizações do filho; e negativa entre envolvimento parental e maior nível educacional/de renda entre os pais que não residiam com a criança. |
6 |
Analisar o envolvimento de pais negros não residentes com seus filhos após a dissolução conjugal, examinando os padrões de contato do pai em relação ao estágio de vida da criança no momento da dissolução conjugal, da entrada da mãe em um novo relacionamento e das possíveis mudanças no padrão de contato do pai ao longo do tempo. |
Foi constatado que nos primeiros cinco anos após a dissolução conjugal: (1) crianças que estavam na fase de vida de 3 a 5 no momento de dissolução enfrentam probabilidades substancialmente mais altas de não ter contato com o pai comparadas com aquelas que estavam no grupo de 0 a 2 e (2) crianças que estavam na faixa etária entre 6 e 11 anos apresentaram chances mais baixas de contato intermitente. Além disso, a entrada da mãe em uma nova união aumentou a probabilidade da criança de ter pouco ou nenhum contato com o pai. |
7 |
Analisar como o contato dos pais e mães não residentes com seus filhos variava de acordo com uma nova união do ex-cônjuge (residente ou não-residente) e investigar se o relacionamento entre o contato parental diferia de acordo com o gênero do pai não residente. |
O recasamento dos pais (considerando pais e mães) associou-se positivamente ao menor contato entre pais não residentes e seus filhos somente no caso de pais (homens); no caso de mães não residentes, contrariamente, uma nova união conjugal se correlacionou com o aumento do contato com a criança. |
8 |
Realizar uma análise comparativa dos relatórios de pais e mães divorciados (decorrentes do Fragile Families and Child Wellbeing) a respeito da situação de moradia dos filhos, ou seja, buscando identificar se havia discrepância no relato de pais e mães referentes ao lugar onde os filhos passavam a maior parte do tempo (na casa do pai ou da mãe). |
Observou-se que a falta de rede de apoio por parte de ambos os pais foi preditiva para a menor acessibilidade ao filho. Foi possível, ainda, identificar dois tipos diferentes de arranjos familiares, que poderiam contribuir para a discrepância dos dados dos relatórios: alguns pais viviam com a mãe (ex-parceira) em tempo parcial e outros passavam noites especificamente com o filho, sem relacionar-se com a mãe. Mais de um terço dos pais discordavam a respeito de “com quem seu filho vivia” e que a discrepância nos relatórios era muito mais provável quando os pais passavam algumas noites com a mãe (um indicador de coabitação em tempo parcial). |
9 |
Testar se perfis de regulação individual-diádico-sistêmico após o divórcio poderiam ser identificados e confirmados empiricamente, e examinar diferenças ao nível do ajustamento psicológico e de variáveis sociodemográficas dos pais recém-divorciados. |
Três padrões de regulação foram identificados: regulado-seguro (RS), desregulado-ansioso (DA) e desregulado-evitante (DE). O grupo RS mostrou níveis mais elevados de segurança na vinculação, maior qualidade na coparentalidade e no ajustamento familiar, se comparados aos outros dois grupos. |
10 |
Identificar os perfis de coparentalidade após o divórcio e examinar a relação desses perfis com níveis de bem-estar dos pais, práticas parentais e problemas psicológicos das crianças. |
O grupo de pais com níveis altos de conflito coparental exibiu pontuações significativamente menores de satisfação de vida, bem como graus significativamente maiores de afeto negativo relacionado ao divórcio e de paternidade inconsistente. O grupo com maior coparentalidade cooperativa relatou níveis mais elevados de funcionamento familiar positivo e menos problemas de externalização e internalização em seus filhos. |
11 |
Investigar a importância dos recasamentos e novos filhos dos pais e mães residentes para os níveis de cooperação coparental e testar se as mudanças na coparentalidade estavam ligadas às mudanças nos estatutos matrimoniais ou de fertilidade dos pais. |
As mudanças na estrutura familiar (recasamento ou novo filho) do pai mostraram-se mais importantes para a cooperação coparental do que para as mudanças na estrutura familiar da mãe. A distância da casa do pai (homem) foi significativa, com uma distância crescente associada com uma diminuição na coparentalidade ao longo do tempo. |
12 |
Comparar as percepções de pais e mães sobre como e quanto as barreiras legais-financeiras, tempo-logística e as barreiras de aptidão parental influenciaram a coparentalidade pós-divórcio. |
Os homens perceberam maiores barreiras legais-financeiras e de tempo-logística na coparentalidade pós-divórcio do que as mulheres e relataram relações menos positivas de coparentalidade. Não houve diferenças de gênero para as barreiras de aptidão parental. As mulheres tendiam a se comunicar menos com os homens quando percebiam mais preocupações jurídico-financeiras relacionadas ao divórcio. |
13 |
Classificar a percepção de pais divorciados sobre o relacionamento com o ex-cônjuge e testar se as percepções dos pais acerca do ajustamento dos filhos após o divórcio diferiam com base nas suas percepções do relacionamento coparental pós-divórcio. |
A coparentalidade conflituosa foi positivamente associada à maior percepção dos pais em relação a problemas de comportamento de externalização e internalização dos filhos, bem como negativamente associada com habilidades sociais das crianças. A comunicação coparental foi associada negativamente ao comportamento de internalização das crianças. Aproximadamente, 31% da amostra apresentou coparentalidade cooperativa, 45% coparentalidade moderadamente engajada e 24% coparentalidade conflituosa. |
14 |
Explorar como a distância entre as casas dos pais (homens) relacionava-se à promoção materna do relacionamento pai-filhos (coesão coparental) e aos desfechos emocionais e comportamentais das crianças. |
Tanto a coparentalidade como a proximidade dos pais tiveram efeitos positivos e independentes no bem-estar emocional e comportamental das crianças. Crianças com pais vivendo nas proximidades tiveram probabilidade significativamente menor de ter graves dificuldades comportamentais de hiperatividade e probabilidade significativamente maior de comportamento pró-social. A coesão coparental previu níveis significativamente mais baixos de dificuldades comportamentais, de hiperatividade e com os pares. Nem a frequência de contato pai-filho nem o arranjo de custódia infantil influenciaram significativamente as dificuldades das crianças. Os pais (homens) foram mais propensos a ligar ou enviar por e-mail aos filhos quando facilitavam o envolvimento paterno. |
15 |
Examinar a relação entre os indicadores pessoais e interpessoais do ajustamento pós-divórcio e as dimensões da coparentalidade (suporte, conflito aberto e conflito encoberto). |
Satisfação com o divórcio, satisfação com a parentalidade do pai e a importância do pai foram positivamente relacionados com o suporte coparental. O conflito coparental foi relacionado negativamente à satisfação com o divórcio, e a satisfação com a parentalidade do pai foi positivamente associada ao estresse. |
16 |
Analisar como a coparentalidade - o grau em que os pais (homens) são mutuamente solidários e cooperativos na criação de seus filhos - estava relacionada às contribuições monetárias dos pais não residentes. |
Níveis mais elevados de coparentalidade foram associados a maiores probabilidades de pagamento dos pais não residentes. Porém, o maior preditor de contribuição foi o emprego do pai. |
17 |
Descrever os padrões de coparentalidade ao longo de seis anos após o término de uma relação conjugal e identificar as características individuais e interpessoais associadas com a coparentalidade ao longo do tempo. |
A qualidade do relacionamento romântico dos pais, quando eles ainda estavam juntos, foi um preditor forte e consistente de sua trajetória de coparentalidade subsequente. Casais em que a mãe começou um relacionamento com um novo parceiro eram mais propensos a estar em um nível consistentemente baixo de coparentalidade. No entanto, a fertilidade multiparceira de mães foi positivamente associada com as mães que tiveram um filho com outro parceiro eram mais propensas a estar no grupo de coparentalidade consistentemente elevado do que declinar de alta para baixa ou ser consistentemente baixo. Por outro lado, quando os homens tinham uma criança com outro parceiro, os pais eram menos propensos a estar no grupo de alta qualidade coparental. |